São muitos anos a debulhar palavras;
A dedilhar as tênues cordas do seu arquerjar.
Muito tempo a lapidar o verbo e a conjuga-lo puro, livre das figuras, das linguagens humanas ou abissais.
Traçando linhas invisíveis sobre papel sem margens ou pautas,
Sendo poeta e internauta -
Esse passo frouxo de quem não acha as vezes o nexo, mas ainda quer ouvir o tinlintar maroto das estrelas no céu do alvorecer.
Anos fazendo mescla, arquitetando nomes próprios, substâncias, substantivos comuns, abstratos, excêntricos, paralelos, universais.
Mas ainda é pouco.
Pois muito há a ser dito, um grito que nunca cessa de ecoar.
Busco palavras como se elas não fossem acabar.
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